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Na noite do almoço, em Mação, aos trinta de Junho de 2007,
A Preciosa, quando andávamos no quinto ano, seria, talvez, caloira. Não me recordo!
Obviamente que falámos do Colégio e contou-nos uma peripécia deveras engraçada.
………………………………………………………………………
…mas que tem a curiosidade de mostrar a Rua de Sacadura Cabral,
espaço físico suporte das sequências descritas!
Lá em baixo, à esquerda, estaria a loja do Sr. Manuel Marques…
A Torre do relógio indica o início da Calçada de S. Pedro, que
leva ao Colégio…
Por aqui circulavam as personagens desta história… ]
encantada com os cachecóis expostos, não resistia:
- Ó! Sr. Manuel Marques, dê-me um cachecol destes!
Claro, o Sr. Manuel Marques fazia ouvidos de mercador…
E tantas vezes a Preciosa pediu o objecto dos seus sonhos, que, um belo dia, o Sr. Manuel Marques lhe propôs:
- Sim, dou-te um cachecol, mas é preciso que vás correr a malta do quinto ano à pedrada! [ A malta do quinto ano éramos nós… ]
A pobre da Preciosa sentiu ir por água abaixo a peça que tanto ambicionava…mas não por se achar incapaz de correr a rapaziada do quinto à pedrada, como se esperava!
Não! Isso nunca!!! Jamais, jamais jamais… [ à portuguesa ou à francesa! … ]
Pensou, pensou… e…
- Sim, Sr. Manuel Marques, eu corro-os à pedrada…, mas…, depois…, o Lalanda!!!???
O Sr. Manuel Marques, perante tal resposta e estupefacto, rendeu-se à intrepidez da miúda:
- Sendo assim… leva lá o cachecol!!!
Apenas o Professor Lalanda a intimidava!
Uma mulher d’ armas!!!
SócratesDaqui
GRAMÁTICA MODERNA 1
nº. 1 21.III.1948:
[1ª. pág., canto inferior esquerdo]
Verbos … alegremente intransitivos:
cabulei, cabulaste, cabulou
cabulámos, cabulastes, cabularam …
Verbos … ridiculamente intransitivos:
chumbei, chumbaste, chumbou,
chumbámos, chumbastes, chumbaram …
Verbos … tardiamente intransitivos:
chorei, choraste, chorou,
chorámos, chorastes, choraram…
[tarde piaste]
Verbos … dolorosamente transitivos:
e os pais … pagaram …
***
Nesta brincadeira gramatical, cujo autor é o Prof. Lalanda, está sintetizada boa parte da «filosofia» do colégio!
SócratesDaqui
1- Com este texto encerramos o capítulo! Creio que nada mais do publicado diz respeito à nossa turma, salvo referências pontuais a condiscípulos nossos no corpo de um ou outro artigo, sem grande relevância . É certo que nem esta «Gramática Moderna» se relaciona connosco, mas, como já acima se referiu, ela define uma certa orientação que diz respeito a todos.
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DICHOTES…
nº. 1
- Que o Abílio não continuou a resolver os problemas, porque se lhe partiu a … perna do lápis.
- Que o Artur de Penhascoso chamou ao coelho ave de capoeira.
- Que o Elvino, redigindo sobre a utilidade dos animais domésticos, disse que uns nos faziam companhia de dia, outros de noite..
Para estes, Elvino, aconselhamos D.D.T.
*****
nº. 2
- Que o Carrega viu um pedaço de «Andorinha» na rua.
- Quem seria o bárbaro? exclamou, indignado. [1]
Olha, João Luís, atira-te do mesmo modo aos livros, se não mergulhas…
Nota do compilador:
Nesta altura, o João Luís andava na admissão.
*****
nº. 8
- … que, depois das férias, o Rocha explicou-se bem em «Português» e ficou mudo em «Francês».
Por patriotismo ?
Deixe-se de excepções. Estude-lhe e estude-lhe bem, para sua felicidade.
ïïïïï õõõõõ ïïïïï
Eu tinha uma razoável lista de «dichotes» [2], ocorridos durante as aulas, mas o acidentado do meu percurso existencial, com a casa, frequentemente, às costas e por diversas paragens, fez desaparecer o caderno onde os anotara!
Divulgá-los- ia aqui, anónimos, é claro! Mas…
Lembro-me apenas de quatro e somente da paternidade de três!
Ei-los:
I «O turismo suiço é uma potência mundial!»
II «…e, na encosta, ouvia-se o barulho das pedrinhas rio abaixo, rio acima…»
arabíssimo !!!
IV ??? Estávamos na aula de inglês… e certas palavras, quando lidas indevidamente, são muito «traiçoeiras»… e nesta situação o Dr. Baptista agravou o cenário, proferindo a má pronúncia três vezes, não dando conta!!!
Suponhamos que a palavra inglesa bem pronunciada era: ☻
e mal pronunciada era: ☻!
E a/o discente leu: The ☻
Eis a correcção feita pelo Dr. Baptista, dita com todas as letras e com a mais calma e serena das naturalidades:
-Ó … [nome do/a discente]: Qual ☻ nem meio ☻… é ☻ e não é ☻ !!!
☻ = palavrão [1] !
*****
Do primeiro, do terceiro e do quarto, lembro-me da paternidade… mas de maneira nenhuma a revelarei !
Do 2º, apenas sei que ocorreu numa redacção, ainda no Colégio da Quinta !
Se alguém se lembrar de outros «dichotes», conto que mos envie, via correio electrónico» [ socratesdaqui@sapo.pt ] , conquanto o faça sem indicar a paternidade, mesmo que a saiba!!!
Divulgar-se-ão para nosso divertimeto. E só será divertido, se, continuadamente, nos interrogarmos, retoricamente: e este, de quem será? Sem nunca nos interessar, verdadeiramente, saber de quem é!!!
SócratesDaqui
[1] - Isto de palavrões tem que se lhe diga!!! Naquele tempo, graças a uma
formação humanista generalizada, havia grande comedimento… e este tipo
de palavrão a que me refiro ouve-se hoje com frequência na boca de gente
de «luva e de colarinho»---
PROSADORAS E PROSADORES
DA NOSSA TURMA
I
nº. 1
Notas do compilador:
I – Nesta altura, a Engrácia e a Maria do Céu andavam na
admissão!
II – Qual a razão do título, que me parece inadequado, e por isso
suspeito que tenha havido troca na tipografia ?
A Engrácia e/ou a Maria do Céu poderão esclarecer as duas últimas notas?
Claro, se as lerem! …
Endereço electrónico: socratesdaqui@sapo.pt
II
nº 8 15.I.1950
III
nº 8 15.I.1950
IV
nº 8
SócratesDaqui
nº 1 -
Ao tocar da campainha
Eu fico logo a tremer
Lembrar-me que sou chamada
E não saber responder Cremilde
* * * * *
nº 2 -
Já declarei guerra às moscas…
Que bela declaração!
Com elas todos embirram,
As aranhas é que não… Carrega
Não tens pena de ser assim?
Por que não sabes as lições?
É por isso que às vezes,
Te sentes
Não tens pena de ser assim?
Por que andas tão pintada?
Põe menos bâton nos lábios,
Não sejas endiabrada. Maria do Céu
Quando passas já pintada,
Tu nem olhas para mim…
Vê bem que vais mascarada…
Não tens pena de ser assim? Cremilde
* * * * *
nº 3 -
Ó menina lave a cara,
Que a traz tão pintada.
Quando a parede é fixe,
Não precisa rebocada. Maria do Céu
Gosto muito das avezinhas,
Gosto muito dos seus ninhos.
Gosto mais das andorinhas,
Que lindos os passarinhos! Branca
Que lindos os passarinhos!
Nos seus ninhos chilreando.
Bonitas as avezinhas
Que aos anjos vão cantando. Carrega
É um encanto ouvi-los,
Quando passam a cantar,
Que lindos os passarinhos!
Quem me dera assim voar! Artur
Que lindos os passarinhos!
No seu belo pipilar,
Só parecem companheiros
Que nos vêm alegrar. José Carlos
Ui! Puxaram-me as orelhas,
Ai! Mas que boa lembrança…
Para me servir de emenda,
E nunca voltar à dança. Engrácia
Ui! Puxaram-me as orelhas,
E foi um bom conselheiro.
Foi um polícia a guardar,
Não voltei ao açucareiro. Cremilde
Por ter ido comer os bolos
De que estava proibida,
Ui! Puxaram-me as orelhas,
Não fora eu atrevida. Maria do Céu
* * * * *
Dos vates da nossa turma
Nada mais encontrei !
...............................
Entraram mais cedo em férias !
..............................
Foi mesmo o que eu pensei...!
SócratesDaqui
Mais textos?
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Em 1948, mais exactamente aos 21.
Julgo que só saíram 7 exemplares, tendo o último sido o nº. 8, porque o antepenúltimo fora duplo: 5-6. A minha dúvida surge da leitura de um texto inserto na pág. 2 do nº 8:
«Interrompida a publicação de Andorinha, vemo-la de novo levantar voo, e, se Deus quiser 1, a maiores alturas, e por mais tempo.»
«… a maiores alturas, e por mais tempo … »
Ter-se-ia cumprido este desideratum?
Penso que não!!!
Teve vida efémera, portanto!!
Todos os números saíram em 1948, salvo o último, o nº 8, que apareceu aos
Vivia das vendas [de que os alunos se encarregavam], de assinanturas e dos anúncios apresentados de maneira humorística!
Nos exemplares de Andorinha que possuímos, os acima referenciados, respigámos tudo, salvo alguma desatenção, o que foi produzido pela nossa turma e tudo quanto acerca dela se disse, reunindo tudo isto em três séries, que, sucessivamente, aqui reproduziremos:
1 - Poetisas e Poetas de a nossa turma;
2 - Prosadoras/es de a nossa turma; e
3 - Dichotes 2.
SócratesDaqui
1 - Parece que não quis!!! [Como facilmente se depreende, esta nota não faz parte do texto citado!]
2 - Eu chamo «dichotes», impropriamente, é certo, a certos lapsus linguae…ou lapsus memoriae…
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